Marina Abramović nasceu em Belgrado, na Sérvia em 1946. Ela é formada e pós-graduada em Belas Artes e começou sua carreira artística nos anos 70 e está em atividade até os dias atuais.
É uma das precursoras da arte de performance, com suas obras polêmicas, que causam discussões até hoje.
A sua contribuição para o universo da performance é incalculável, sendo que suas obras são capazes de gerar reflexões profundas e sentimentos intensos.
Com isso, listamos 5 de suas performances mais controversas para você conhecer essa artista polêmica:
Confira nesse post…
1. Rhythm 0 (1974)
Essa foi a última performance das cinco da série Rhythm (1973-1974). Em frente a artista havia uma mesa com 72 objetos de todo tipo: perfume, rosa, comida, vinho, correntes, tesoura, lâminas, até uma arma carregada.
As instruções eram as seguintes: “Instruções Há 72 objetos na mesa que se pode usar em mim como quiser. Performance. Eu sou o objeto. Durante esse período eu me responsabilizado totalmente.” A performance durou seis horas.
Suas roupas foram tiradas, ela foi pintada, machucada e teve a arma apontada para sua cabeça. Sua obra trouxe reflexões sobre a psicologia humana e as relações de poder.
2. Breathing In/Breathing Out (1977)
Essa obra foi realizada junto com o seu parceiro amoroso por 12 anos e também artista, Ulay. Ambos estavam com os narizes tapados por filtros de cigarros e as bocas coladas uma à outra, Marina e Ulay respiravam o mesmo ar, que ia passando de um para o outro.
Depois de 19 minutos, o oxigênio se esgotou e ficaram à beira do desmaio. Além de causar a sensação de angústia, a performance traz reflexões sobre os relacionamentos amorosos e a interdependência.
3. Rest Energy (1980)
Este trabalho teve a duração de apenas 4 minutos. Marina, novamente junto com Ulay, com o peso de seus corpos equilibravam uma flecha que estava apontada para o coração de Marina.
Ambos usavam microfones no peito que registravam os seus batimentos cardíacos, que durante a performance ficavam cada vez mais acelerados.
A obra trata da confiança mútua. Abramović diz ter sido uma das mais difíceis da sua carreira.
4. Rhythm 5 (1974)
Ela colocou no chão uma grande estrutura de madeira em forma de estrela em chamas, com um espaço no centro.
Cortou suas unhas e os cabelos para jogá-los no fogo, metáforas para a purificação e libertação do passado, após isso ela se posicionou deitada no centro da estrela.
A inalação da fumaça fez com que perdesse a consciência e tivesse que ser retirada do espetáculo, tendo a sua apresentação interrompida.
5. Rhythm 10 (1973)
Esta performance foi a primeira da série Rhythm. A artista colocou diversas facas na sua frente e realizou uma espécie de jogo com elas, onde pegava uma faca de cada vez e passava com a lâmina no espaço entre os dedos, rapidamente.
Cada vez que falhava e cortava a sua mão, trocava de faca e recomeçava, tentando recriar os mesmos erros.
Com a intenção de trazer reflexões sobre o ritual e a repetição e erros.
EXTRA
Marina Abramović e Ulay: The Lovers (1988)
Após 12 anos de relacionamento e parceria artística, Marina e Ulay terminaram sua relação com uma performance simbólica e tocante.
Cada um partiu de um dos lados da Grande Muralha da China e se encontraram no centro, ponto em que se despediram e seguiram os seus respectivos caminhos, assinalando o final daquela etapa de suas vidas.
O trabalho de Marina Abramović explora as relações entre o artista e a plateia, os limites do corpo e as possibilidades da mente.
Muitas vezes a artista colocou em risco sua saúde e integridade corporal em nome da arte, tornando assim uma das mais respeitadas e controversas artistas performáticas do mundo.
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Fontes: Wikiart, Guia das Artes, Cultura Genial