Cirurgia para mudar a cor dos olhos: conheça as técnicas e seus riscos

Nos últimos dias a influencer Juliana Priscila viralizou com o registro da realização da sua cirurgia de mudança da cor dos olhos realizada na Itália.

Juliana a realizou em outro país, pois no Brasil a técnica é permitida apenas em casos específicos de reconstituição em pessoas com problema ou deficiência na visão.

Principalmente por divulgações de vídeos na internet, nos últimos anos esse tipo de cirurgia para fins estéticos tem se popularizado.

O procedimento é rápido e indolor, aparentemente simples, porém especialistas alertam que pode trazer sérios riscos para a saúde a longo prazo, como glaucoma e até cegueira.

Como a cirurgia de mudança da cor dos olhos é feita?

Existe mais de uma técnica, sendo elas: implante de íris artificial, pigmentação de córnea e laser para despigmentar a íris.

No implante de íris, com anestesia local, uma íris artificial feita de silicone é dobrada e inserida em uma pequena abertura que foi cortada para a córnea. Em seguida, a íris é desdobrada para ajustar-se e cobrir a íris natural.

Como uma espécie de tatuagem, na pigmentação da córnea, micropigmentos de diferentes cores são implantados nas camadas mais internas da córnea para alterar sua coloração.

O laser para despigmentar a íris foi a técnica utilizada pela influencer, nela o paciente recebe uma intervenção de aproximadamente 20 segundos na camada da íris que é repleta de pigmentos castanhos, que são queimados e removidos e leva algumas semanas para que o processo natural de remoção de pigmento ocular se complete.

Riscos apresentados pelas cirurgias

Especialistas afirmam que para fins estéticos nenhuma cirurgia para alteração da cor dos olhos é indicada. Todas oferecem risco para a saúde ocular do paciente e todas são irreversíveis.

Os riscos principais de cada técnica são: do laser é o desenvolvimento de glaucoma; do implante de íris artificial é danificar as células da córnea; e a pigmentação da córnea, pode causar infecções.

Ainda é ressaltado o risco de aumento da pressão ocular, restrição do campo visual, desenvolvimento de fotofobia e dependendo da gravidade do dano e dos problemas apresentados, causar cegueira total ou parcial.

Polêmica tatuagem “Eyeball”

Fora do nicho das cirurgias para alterar a cor dos olhos, está uma técnica polêmica de tatuagem, o “Eyeball Tatoo”.

Ela tem um propósito diferente das cirurgias médicas, possui o intuito de deixar a esclera (conhecida popularmente como o “branco dos olhos”) completamente de outra cor.

O processo consiste em inserir pigmento com uma agulha na esclera, sendo que para cobrir todo o olho é necessário inserir a agulha e a tinta em diversos ponto do globo ocular.

A inserção, para ter sucesso, precisa ser milimétrica, pois um pouco mais profunda que o necessário pode causar a perfuração do globo ocular ocasionando danos sérios a visão e a saúde ocular, também por não ser feita muitas vezes com materiais ou ambiente esterilizados, pode gerar infecções.

Além do risco no momento do procedimento, pode trazer outras consequências ao longo do tempo, sendo elas inflamação, fotofobia, perda da visão e até a perda do olho.

Pelos riscos elevados à saúde do cliente e pelo seu resultado polêmico e irreversível, muitos tatuadores se negam a realizar a técnica e não apoiam sua realização.

Tanto para resultados da cirurgia quanto do “eyeball”, já existem lentes de contato no mercado que os concedem de maneira segura e reversível.

Dito isso, muitos médicos afirmam que vale muito mais a pena se adaptar a lentes coloridas para alterar a cor do olhos, do que se submeter aos riscos desses procedimentos.

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E você, já conhecia essas técnicas polêmicas para alterar a cor dos olhos de maneira definitiva? Conta para gente o que achou nos comentários e não esqueça de compartilhar com um amigo!

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_{Fontes: Clínica de Olhos Arruda Mello, O Globo, G1, Estado de Minas, Instituto Eduardo Paulino, Oftalmologia Pereira Gomes, Agência Brasil}